Esta manhã

vivi um episódio que me deixou pensativa o resto do dia, com o coração um nadinha apertado. Entrou um menino no comboio, sozinho, que não tinha mais de seis anos. Sozinho. Sem um adulto por perto, nem um irmão mais velho, completamente sozinho. Levava o passe numa carteirinha pendurada no pescoço, uma mochila nova cheia de figuras dos desenhos animados e um saquinho de papel com o lanche.

Os pais não devem conseguir conciliar os seus horários com os daquele filho e o menino não terá outra hipótese que não seja ir para a escola de comboio. Sózinho. Se a mãe dele fosse eu, tenho a certeza de que passaria o tempo aflita, só descansando quando soubesse que ele tinha chegado bem à escola. Há vidas complicadas por aí…